Gabriela de Alencar
11 de maio de 2024
Tem uma terra do outro lado do mundo
De vida tirada e espaço invadido,
Tem uma terra do outro lado do mundo
De santuário virado em perigo.
E nessa terra do outro lado do mundo,
Em que mais nada consegue crescer,
Ainda assim continuam lutando
Pelos filhos que tentam nascer.
Lutam pelos que já perderam,
Tirados a força pelo invasor,
Lutam pelos que, com seu sangue,
Pintam em vermelho o que já teve flor,
O que já teve casa, o que já teve vida,
O que teve memória, jamais esquecida,
Do mundo, do tempo, do povo que havia,
E ainda resiste, pela Palestina!
Palestina vermelha de sangue,
Vermelha de ódio, vermelha de dor,
Vermelha da luta de toda criança.
Contra a bala covarde do colonizador
Palestina vermelha como sua bandeira
Em nome do verde que não cresce mais,
Tingida de preto pelos que já foram
Desde que a morte lhes tirou a paz.
Palestina de todas as cores,
Que lhe pertencem, sem exceção,
Palestina que exige os amores
Roubados de assalto por cada canhão.
Palestina que merece as flores
Por cada um forçado à partida,
Palestina que merece paz
E fim urgente do estado sionista!
Palestina que merece a terra,
Que merece a água de volta,
Que merece as ruas, as praças,
Universidades e escolas,
A Palestina que merece do mundo inteiro
Tudo o que lhes foi tirado,
Desde que a dividiram com tinta
Que enche o odioso contrato.
Em uma canetada jogados fora
Milhares de anos de famílias,
Por muito dinheiro, vidas trocadas
Até hoje pela sua mentira:
Mentira sobre os donos da terra,
Mentira sobre justiça,
Mentira sobre auto defesa,
E Mentira sobre a partilha.
A Palestina jamais será sua
Tira a mão, invasor sionista
Do rio ao mar a terra há de ser livre
Glória a luta de reconquista!
Gabriela de Alencar