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Lênin: “Monismo e Dualismo”

Atualizado: 24 de nov. de 2022

VladíVladimir Ilitch Uliánov Lênin

Escrito entre agosto e outubro de 1916.


Tradução por Guilherme Henrique.

Publicado em 1924 na coletânea “Uma Caricatura do Marxismo e do Economismo Imperialista”.



 

Nos reprovando por “interpretar a demanda de forma dualista”, P. Kievsky escreve:

“A ação monista da Internacional é substituída pela propaganda dualista.”

Isso soa bastante marxista e materialista: a ação monista é contrastada com a propaganda “dualista”. Infelizmente, um exame mais atento revela que é “monismo” verbal, como o “monismo” de Dühring. “Se eu incluir uma escova de sapato na unidade dos mamíferos”, escreveu Engels expondo o “monismo” de Dühring, “isso não ajuda a desenvolver glândulas mamárias”. [1] Isso significa que somente tais coisas, qualidades, fenômenos e ações, que são uma unidade na realidade objetiva, podem ser declaradas “uma unidade”. É este “detalhe” que nosso autor ignora!

Ele pensa que somos “dualistas”, primeiro, porque o que exigimos, principalmente, dos trabalhadores das nações oprimidas – isso se refere apenas à questão nacional – difere do que exigimos dos trabalhadores das nações opressoras.

Para determinar se o “monismo” de P. Kievsky é o mesmo de Dühring, examinemos as realidades objetivas.

A real condição dos trabalhadores nas nações opressoras e nas nações oprimidas é a mesma, do ponto de vista da questão nacional?

Não, não é a mesma. (1) Economicamente, a diferença é que setores da classe trabalhadora nas nações opressoras recebem migalhas dos superlucros que a burguesia dessas nações obtém pela exploração extra dos trabalhadores das nações oprimidas. Além disso, as estatísticas econômicas mostram que aqui uma porcentagem maior de trabalhadores se torna “chefe-de-linha” do que nas nações oprimidas, uma porcentagem maior ascende à aristocracia operária.[2] Isso é um fato. Até certo ponto, os trabalhadores das nações opressoras são parceiros de sua própria burguesia na pilhagem dos trabalhadores (e da massa da população) das nações oprimidas.

(2) Politicamente, a diferença é que, em comparação com os trabalhadores das nações oprimidas, eles ocupam uma posição privilegiada em muitas esferas da vida política.

(3) Ideologicamente, ou espiritualmente, a diferença é que se ensina, na escola e na vida, desdém e desprezo pelos trabalhadores das nações oprimidas. Por exemplo, todo grão-russo que tenha sido educado ou que tenha vivido entre grão-russos experimentou isso.

Assim, na realidade objetiva existe uma diferença em todo percurso, ou seja, “dualismo” no mundo objetivo que é independente da vontade e da consciência dos indivíduos. Sendo assim, como devemos considerar a afirmação de P. Kievsky sobre a “ação monista da Internacional”? É uma frase vazia, que faz barulho, nada além disso. Na vida real, a Internacional é composta por trabalhadores divididos em nações opressoras e oprimidas. Para que sua ação seja monista, sua propaganda não deve ser a mesma para ambos. É assim que devemos encarar o assunto à luz do “monismo” real (não dühringuiano), do materialismo marxista. Um exemplo? Citamos o exemplo da Noruega (na imprensa legalizada há mais de dois anos!), e ninguém o contestou. Neste caso concreto tirado da vida, a ação dos trabalhadores noruegueses e suecos foi “monista”, unificada, internacionalista apenas porque e na medida em que os trabalhadores suecos defenderam incondicionalmente a liberdade da Noruega de se separar, enquanto os trabalhadores noruegueses levantaram a questão da secessão apenas condicionalmente. Se os trabalhadores suecos não tivessem apoiado incondicionalmente a liberdade de secessão da Noruega, eles teriam sido chauvinistas, cúmplices dos latifundiários suecos chauvinistas, que queriam “manter” a Noruega pela força, pela guerra. Se os trabalhadores noruegueses não tivessem levantado a questão da secessão condicionalmente, isto é, permitindo que até os membros do Partido Social-Democrata fizessem propaganda e votassem contra a secessão, eles teriam falhado em seu dever internacionalista e teriam afundado no estreito e burguês nacionalismo norueguês. Por quê? Porque a secessão estava sendo efetuada pela burguesia, não pelo proletariado! Porque a burguesia norueguesa (como qualquer outra) sempre se esforça para criar uma brecha entre os trabalhadores de seu país e um país “alienígena”! Porque para os trabalhadores com consciência de classe toda exigência democrática (incluindo a autodeterminação) está subordinada aos interesses supremos do socialismo. Por exemplo, se a secessão da Noruega da Suécia tivesse criado a certeza ou a probabilidade de uma guerra entre a Grã-Bretanha e a Alemanha, os trabalhadores noruegueses, apenas por essa razão, teriam que se opor à secessão. Os trabalhadores suecos teriam o direito e a oportunidade, sem deixar de ser socialistas, de agitar contra a secessão, mas apenas se tivessem travado uma luta sistemática, consistente e constante contra o governo sueco pela liberdade de secessão da Noruega. Caso contrário, os trabalhadores e o povo noruegueses não acreditariam e não poderiam acreditar na sinceridade do conselho dos operários suecos. O problema com os opositores da autodeterminação é que eles se limitam a abstrações sem vida, temendo analisar até o fim uma única instância concreta da vida real. Nossa afirmação concreta nas teses [3] de que um novo estado polonês é bastante “alcançável” agora, dada uma combinação definida de condições puramente militares e estratégicas, não foi contestada nem pelos poloneses nem por P. Kievsky. Mas ninguém queria ponderar sobre as conclusões que se seguem dessa admissão tácita de que estávamos certos. E o que se segue, obviamente, é que a propaganda internacionalista não pode ser a mesma para os russos e os poloneses se for educar ambos para a “ação monista”. O trabalhador grã-russo (e alemão) tem o dever de insistir incondicionalmente na liberdade da Polônia de se separar; caso contrário, ele será, de fato, agora o lacaio de Nicolau II ou Hindenburg. O trabalhador polonês poderia insistir na secessão apenas condicionalmente, porque especular (como fazem os Fracy [4]) sobre a vitória de uma ou outra burguesia imperialista equivale a se tornar seu lacaio. Não entender essa diferença, que é um pré-requisito para a “ação monista” da Internacional, é quase o mesmo que não entender por que a “ação monista” contra o exército czarista perto de Moscou, digamos, exige que as forças revolucionárias marchem para o oeste de Nizhni-Novgorod e para o leste a partir de Smolensk.


***


Em segundo lugar, nosso novo expoente do monismo dühringuiano nos censura por não nos esforçarmos para alcançar “a unidade organizacional mais próxima das várias seções nacionais da Internacional” no caso de uma revolução social. Sob o socialismo, escreve P. Kievsky, a autodeterminação torna-se supérflua, pois o próprio Estado deixa de existir. Isso é um argumento contra nós! Mas em nossas teses dizemos clara e definitivamente, em três linhas, as três últimas linhas da primeira seção, que “a democracia também é uma forma de Estado que deve desaparecer quando o Estado desaparecer”. É precisamente esse truísmo que P. Kievsky repete – para nos “refutar”, é claro! – em várias páginas ​​(Capítulo I), e o repete de maneira distorcida. “Imaginamos para nós mesmo”, escreve ele, “e sempre concebemos o sistema socialista como um sistema de economia estritamente democrática [!!?] e centralizada, no qual o Estado, como o aparelho de domínio de uma parte da população sobre a outra, desaparece”. Isso é uma confusão, porque a democracia também é dominação “de uma parte da população sobre a outra”; também é uma forma de Estado. Nosso autor obviamente não entende o que se significa o definhamento do Estado após a vitória do socialismo e o que esse processo exige. O ponto principal, no entanto, são suas “objeções” em relação à era da revolução social. Ele nos insulta, chamando-nos de “talmudistas¹ da autodeterminação” – que epíteto assustador – e acrescenta: “Retratamos este processo [a revolução social] como a ação conjunta dos proletários de todos [!] os Estado burguês [!], que derrubam os postos fronteiriços [além de “eliminar as fronteiras”?], que explodem [!] a unidade nacional e estabelecem a unidade de classe”. Apesar da ira deste severo juiz dos “talmudistas”, devemos dizer: há muitas palavras aqui, mas não “ideias”. A revolução social não pode ser a ação conjunta dos proletários de todos os países pela simples razão de que a maioria dos países e a maioria da população mundial nem sequer atingiram, ou apenas atingiram, o estágio capitalista de desenvolvimento. Dissemos isso na seção seis de nossas teses, mas P. Kievsky, por falta de atenção, ou incapacidade de pensar, “não percebeu” que incluímos esta seção com um propósito definido, ou seja, refutar distorções caricaturais do marxismo. Apenas os países avançados da Europa Ocidental e da América do Norte amadureceram para o socialismo, e na carta de Engels a Kautsky (Sbornik Sotsial-Demokrata)[5] Kievsky encontrará uma ilustração concreta da “ideia” real e não meramente prometida que sonhar com a “ação unida dos proletários de todos os países” significa adiar o socialismo para as calendas gregas, ou seja, para sempre. O socialismo será alcançado pela ação conjunta dos proletários, não de todos, mas de uma minoria de países, aqueles que atingiram o estágio capitalista avançado de desenvolvimento. A causa do erro de Kievsky está em não entender isso. Nesses países avançados (Inglaterra, França, Alemanha etc.) o problema nacional foi resolvido há muito tempo; a unidade nacional sobreviveu a seu propósito há muito tempo; objetivamente, não há “tarefas nacionais gerais” a serem cumpridas. Portanto, somente nesses países é possível agora “explodir” a unidade nacional e estabelecer a unidade de classe. Os países subdesenvolvidos são um assunto diferente. Eles abrangem toda a Europa Oriental e todas as colônias e semicolônias e são tratados na seção seis das teses (países de segunda e terceira categoria). Nessas áreas, via de regra, ainda existem nações oprimidas e capitalistas subdesenvolvidas. Objetivamente, essas nações ainda têm tarefas nacionais gerais a cumprir, a saber, tarefas democráticas, as tarefas de derrubar a opressão estrangeira. Engels citou a Índia como exemplo de tais nações, afirmando que ela poderia realizar uma revolução contra o socialismo vitorioso, pois Engels estava distante do absurdo Economismo Imperialista que imagina que, tendo conquistado a vitória nos países avançados, o proletariado “automaticamente”, sem medidas democráticas definitivas, abolirá a opressão nacional em todos os lugares. O proletariado vitorioso reorganizará os países em que triunfou. Isso não pode ser feito de uma só vez; nem, de fato, a burguesia pode ser “vencida” de uma só vez. Enfatizamos isso deliberadamente em nossas teses, e Kievsky novamente não parou para pensar por que enfatizamos esse ponto em relação à questão nacional. Enquanto o proletariado dos países avançados acaba de derrubar a burguesia e repelir suas tentativas de contrarrevolução, as nações subdesenvolvidas e oprimidas não esperam, não deixam de existir, não desaparecem. Se eles se aproveitam mesmo de uma crise imperialista burguesa como a guerra de 1915-16 – uma crise menor comparada com a revolução social – para se revoltar (as colônias e a Irlanda), não pode haver dúvidas de que eles aproveitarão mais facilmente a grande crise da guerra civil nos países avançados para se revoltarem. A revolução social só pode vir na forma de uma época em que se combinem a guerra civil do proletariado contra a burguesia nos países avançados e toda uma série de movimentos democráticos e revolucionários, incluindo o movimento de libertação nacional, nos países subdesenvolvidos, atrasados e nações oprimidas. Por quê? Porque o capitalismo se desenvolve de forma desigual, e a realidade objetiva nos dá nações capitalistas altamente desenvolvidas lado a lado com várias nações economicamente pouco desenvolvidas, ou totalmente subdesenvolvidas. P. Kievsky falhou absolutamente em analisar as condições objetivas da revolução social do ponto de vista da maturidade econômica de vários países. Sua censura de que “inventamos” instâncias para aplicar a autodeterminação é, portanto, uma tentativa de colocar a culpa na porta errada. Com um zelo digno de uma causa melhor, Kievsky cita repetidamente Marx e Engels no sentido de que “não se deve inventar coisas de sua própria cabeça, mas usar sua cabeça para descobrir nas condições materiais existentes” os meios que libertarão a humanidade de males sociais. Quando leio essas citações repetidas, não posso deixar de recordar os falecidos e não lamentados Economistas que, igualmente enfadonhos… insistiram em sua “nova descoberta” de que o capitalismo havia triunfado na Rússia. Kievsky quer nos “ferir” com essas citações: ele afirma que inventamos em nossas próprias cabeças as condições para aplicar a autodeterminação na época do imperialismo! Mas encontramos a seguinte “admissão imprudente” em seu próprio artigo:


“O próprio fato de nos opormos [grifos do autor] à defesa da pátria mostra mais claramente que resistiremos ativamente à supressão de um levante nacional, pois estaremos combatendo o imperialismo, nosso inimigo mortal” (Capítulo II).

Para criticar um autor, para respondê-lo, é preciso citar integralmente pelo menos as principais proposições de seu artigo. Mas em todas as proposições de Kievsky você descobrirá que cada frase contém dois ou três erros ou falta de lógica que distorcem o marxismo! 1) Desconhece que uma insurreição nacional é também “defesa da pátria”! Um pouco de reflexão, no entanto, deixará perfeitamente claro que assim é, já que toda “nação em revolta” “defende” a si, a sua língua, seu território e sua pátria contra a nação opressora. Toda opressão nacional suscita a resistência das amplas massas do povo; e a resistência de uma população nacionalmente oprimida sempre tende à revolta nacional. Não raramente (especialmente na Áustria e na Rússia) encontramos a burguesia das nações oprimidas falando de revolta nacional, enquanto na prática ela entra em pactos reacionários com a burguesia da nação opressora pelas costas e contra seu próprio povo. Nesses casos, a crítica dos marxistas revolucionários deve ser dirigida não contra o movimento nacional, mas contra sua degradação, vulgarização, contra a tendência de reduzi-lo a uma pequena disputa. Aliás, muitos sociais-democratas austríacos e russos ignoram isso e em seu ódio legítimo às disputas nacionais mesquinhas, vulgares e sórdidas – disputas e brigas sobre a questão, por exemplo, de qual idioma deve ter precedência nos sinais de rua em duas línguas – se recusam a apoiar a luta nacional. Não devemos “apoiar” uma farsa republicana, digamos, no principado de Mônaco, ou o aventureirismo “republicano” de “generais” nos pequenos estados da América do Sul ou em alguma ilha do Pacífico. Mas isso não significa que seria permissível abandonar o slogan republicano por movimentos democráticos e socialistas sérios. Devemos, e de fato ridicularizamos, as sórdidas disputas e barganhas nacionais na Rússia e na Áustria. Mas isso não significa que seria permitido negar apoio a uma revolta nacional ou a uma luta popular séria contra a opressão nacional. 2) Se as revoltas nacionais são impossíveis na “era imperialista”, Kievsky não tem o direito de falar delas. Se forem possíveis, toda a sua conversa fiada sobre “monismo” e nossos exemplos “inventados” de autodeterminação sob o imperialismo, etc., etc., desmorona. Kievsky derrota seus próprios argumentos. Se “nós” “resistimos ativamente à supressão” de uma “insurreição nacional” – um caso que P. Kievsky “ele mesmo” considera possível – o que isso significa? Isso significa que a ação é dupla, ou “dualista”, para empregar o termo filosófico tão incorretamente quanto nosso autor: (a) primeiro, é a “ação” do proletariado e do campesinato nacionalmente oprimidos em conjunto com a burguesia nacionalmente oprimida contra a nação opressora; (b) segundo, é a “ação” do proletariado, ou de sua seção com consciência de classe, na nação opressora contra a burguesia dessa nação e todos os elementos que a seguem. As inúmeras frases contra o “bloco nacional”, as “ilusões” nacionais, o “veneno” do nacionalismo, contra “incentivar o ódio nacional” e afins, a que recorre P. Kievsky, revelam-se sem sentido. Pois quando ele aconselha o proletariado dos países opressores (que, lembre-se, ele considera uma força séria) “resistir ativamente à repressão de uma insurreição nacional”, ele incentiva o ódio nacional e apoia o estabelecimento de um “bloco com a burguesia” pelos trabalhadores das nações oprimidas. 3) Se as revoltas nacionais são possíveis sob o imperialismo, as guerras nacionais também são. Não há diferença política material entre os dois. Os historiadores militares estão perfeitamente certos quando colocam as rebeliões na mesma categoria das guerras. Kievsky involuntariamente refutou não apenas a si mesmo, mas também Junius [6] e o grupo Internationale, que negam a possibilidade de guerras nacionais sob o imperialismo. E essa negação é o único fundamento teórico concebível para negar a autodeterminação das nações sob o imperialismo. 4) Para que é uma revolta “nacional”? É uma revolta que visa a conquista da independência política da nação oprimida, isto é, o estabelecimento de um estado nacional separado. Se o proletariado da nação opressora é uma força séria (na era imperialista, como nosso autor corretamente supõe), sua determinação de “resistir ativamente à supressão de uma insurreição nacional” não implica a ajuda na criação de um estado nacional separado? Claro que sim. Embora ele negue a “realizabilidade” da autodeterminação, nosso corajoso autor agora argumenta que o proletariado com consciência de classe dos países avançados deve ajudar a alcançar esse objetivo “inatingível”! 5) Por que “nós” devemos “resistir ativamente” à supressão de um levante nacional? P. Kievsky desenvolve apenas uma razão: “…estaremos assim combatendo o imperialismo, nosso inimigo mortal”. Toda a força desse argumento está na forte palavra “mortal”. E isso está de acordo com sua propensão para palavras fortes em vez de argumentos fortes – frases de alta sonoridade como “cravar uma estaca no corpo trêmulo da burguesia” e floreios semelhantes de Alexinsky. Mas esse argumento de Kievsky está errado. O imperialismo é nosso inimigo “mortal” tanto quanto o capitalismo. É assim. Nenhum marxista esquecerá, entretanto, que o capitalismo é progressivo comparado ao feudalismo, e que o imperialismo é progressivo comparado ao capitalismo pré-monopolista. Portanto, não é toda luta contra o imperialismo que devemos apoiar. Não apoiaremos a luta das classes reacionárias contra o imperialismo; não apoiaremos um levante das classes reacionárias contra o imperialismo e o capitalismo. Consequentemente, uma vez que o autor admite a necessidade de apoiar um levante de uma nação oprimida (resistir ativamente à supressão significa apoiar o levante), ele também admite que um levante nacional é de caráter progressista, que o estabelecimento de um estado separado e novo, de novos fronteiras, etc., resultantes de uma insurreição bem sucedida, é de caráter progressista. Em nenhum de seus argumentos políticos o autor é consistente! A Rebelião Irlandesa de 1916, que ocorreu depois que nossas teses apareceram no nº 2 do Vorbote, provou, aliás, que não era ocioso falar da possibilidade de levantes nacionais mesmo na Europa.



tradução: traduagindo.com



 

Notas de Rodapé: [1] Engels’s Anti-Dühring, Moscow, 1959, pp. 63–64.

[2] Veja, por exemplo, o livro de Hourwich sobre imigração e a condição da classe trabalhadora na América, Immigration and Labour. —Ed.

[3] A Revolução Socialista e o Direito das Nações à Autodeterminação. Disponível em: https://www.marxists.org/archive/lenin/works/1916/jan/x01.htm

[4] Fracy (“Facção Revolucionária”) – a ala direita do Partido Socialista Polonês (PSP), um partido nacionalista reformista fundado em 1892 e liderado por Pilsudski. Ao defender a independência da Polônia, o PSP realizou propaganda nacionalista separatista entre os trabalhadores poloneses, tentando desencorajá-los da luta conjunta com os trabalhadores russos contra a autocracia e o capitalismo. Em 1906, o partido se dividiu entre a ala Esquerda do PSP e a ala Direita: a Fracy. Esta última continuou com a política nacionalista e chauvinista antes, durante e depois da Primeira Guerra Mundial.

[5] Referência a carta de Engels a Kautsky de 12 de setembro de 1882. Lênin a cita em seu artigo “The Discussion on Self-Determination Summed Up” (ver presente edição, Vol. 22, pp. 352-53).

[6] Junius era o pseudônimo de Rosa Luxemburgo. Notas da tradução:

¹ seguidor, estudioso, compilador e/ou exegeta do Talmude, uma coletânea de ensinamentos judaicos antigos.

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